Astrofísica brasileira lidera pesquisa na NASA
Aos 28 anos, a brasileira Stela Ishitani Silva é uma das pesquisadoras da NASA (agência espacial dos Estados Unidos) e líder de uma pesquisa que descobriu um novo planeta que fica a, pelo menos, 26 mil anos-luz da Terra. Há quatro anos morando em Washington – capital norte-americana –, ela é um dos exemplos de onde uma mulher pode chegar com oportunidade.
Acredito que todas nós já ouvimos que as mulheres não são boas de exatas. Formada em Matemática, até hoje sou objeto de “espanto” quando falo sobre a minha graduação na Pontifícia Universidade Católica (PUC). Esse verdadeiro preconceito tem afastado muitas das garotas das carreiras de STEM – sigla para classificar os estudos de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. E, na minha percepção, devemos refutar e combater essa crença distorcida, porque ela afasta as meninas de uma vocação que também é delas, independentemente do gênero.
Com isso em mente, li com muito entusiasmo uma reportagem sobre a brasileira Stela Ishitani Silva, uma astrofísica de 28 anos que lidera uma pesquisa na NASA – a mítica agência espacial dos Estados Unidos. Em Washington D.C., Stela descobriu um novo planeta que fica a, pelo menos, 26 mil anos-luz da Terra. Para além do feito incrível, tão interessante é a trajetória dessa jovem mulher. Quando decidiu estudar física, a família brincou: “Para quê? Para trabalhar na NASA?”. Embora não acreditasse na probabilidade, eis que a quase profecia familiar se cumpriu em 2016, quando ela se graduou na Universidade Federal de Minas Gerais.
Aprovada no doutorado e mestrado, simultâneos, da Pontifícia Universidade Católica (PUC), Stela começou a estudar como facilitar a busca de novos planetas fora do sistema solar por meio da inteligência artificial, automatizando dados de milhões de estrelas observadas. No caso do planeta que Stela descobriu com a equipe – MOA-2020-BLG-135LB –, o pico de luz alertado pelo sistema criado por ela indicava que ali acontecia um fenômeno de lente gravitacional. Com mais estudo, chegou-se a esse planeta de tamanho similar a Netuno.
Essa é uma história muito inspiradora, porque mostra o caminho correto a seguir, quando se pensa em educação. Ou seja, não atrelar carreiras ao gênero feminino ou masculino ou neutro… As oportunidades devem ser para todos!
Garotas podem, sim, ser gênios das exatas. Lugar de mulher é onde ela quiser!