
A baixa representatividade feminina nas eleições brasileiras
A cada sete pré-candidatos aos governos estaduais, apenas um é mulher. Esse percentual é, inclusive, inferior ao apresentado em 2018, indicando retrocesso e falta de protagonismo e representatividade feminina em um momento tão importante da política brasileira.
Em um cenário marcado pela polarização e pelo debate de perdas de direitos das mulheres, leio esta notícia – publicada pela Folha de S.Paulo – com muita preocupação e tristeza, sobretudo, porque esse percentual pode ainda ser menor, já que boa parte das candidatas não são referendadas pelos próprios partidos.
Representatividade feminina em pauta: onde estão as mulheres?
A reportagem aponta que, até agora, 22 mulheres se lançaram a pré-candidaturas a governos estaduais – são 161 candidatas aos governos de 26 Estados e o Distrito Federal, o que equivale a 13,6%.
Em 2018, tivemos um percentual de 15% com 30 candidaturas femininas. Sempre falo, neste espaço, o quanto representatividade feminina é importante. E, diante dessa possível participação das mulheres no pleito eleitoral de 2022, vemos que essa representatividade está seriamente comprometida.
Mais do que inspirar novas gerações de mulheres na política – e, defendo que gerações de todas as idades –, a baixa representatividade feminina em cargos de liderança compromete a aprovação de pautas importantes para as brasileiras.
Vemos ameaças e desmantelamentos de políticas públicas voltadas a nós, mulheres; vemos poucas propostas que endereçam nossas pautas. Tudo isso é muito sério!
Devemos exigir dos partidos mais espaços para que possam emergir mais mulheres dispostas a levar adiante uma carreira na política. Nosso espaço na sociedade nos credencia a essa exigência!