Criado por bibliotecária, boneca e jogo incentivam a leitura
A inventividade de France Mabel Santos, bibliotecária de uma escola privada em Aracaju, é admirável!
Incomodada com a atividade de só emprestar e receber livros, criou um projeto de contação de histórias.
Uma mulher inconformada transforma! Esse é o caso de France Mabel Santos, uma bibliotecária de uma escola privada de Aracaju, capital sergipana. Incomodada em apenas emprestar e aceitar a devolução dos livros, apresentou à direção um projeto de contação de histórias para os alunos do ensino infantil e fundamental. A cada 15 dias, ela conta uma história nas salas de aula e na biblioteca; no início, usando livros e, depois, com artefatos como fantoche e pandeiro. Na narrativa, Mabel sempre deixa brechas na história para que sejam preenchidas com as possibilidades imaginativas dos ouvintes.
Nas andanças acadêmicas, teve a ideia de criar uma boneca a partir de uma caixa de sapato – essa é a origem da Maria Livrão. Para os alunos, France contou que a tal boneca fugiu do país dos livros por ter se cansado de tanto ler e foi para aquela turma de alunos, porque achava que naquele ambiente ninguém gostava de ler! O desafio proposto por France é que os estudantes mostrassem para a boneca a importância da leitura; de manter o hábito vivo.
A tal boneca tinha lugar cativo nas salas de aula – contava até com uma carteira –, sendo adotada como uma colega de classe. Parte da tarefa dada aos alunos foi apresentar a biblioteca à Maria Livrão. A bibliotecária ampliou a experiência, criando o jogo Trilhou, desenvolvido dentro do mestrado profissional em Gestão da Informação e do Conhecimento da Universidade Federal de Sergipe.
Uma história que prova ser possível, com criatividade, formar novos leitores! .