Inovação: o primeiro passo do caminho para o sucesso
Inovação é um tema que sempre me interessou muito. Digo isso não porque a minha atividade profissional é movida pela proposta de inovar constantemente, mas por acreditar que essa é uma prática que deve ser cultivada na nossa vida pessoal.
Mas, vamos refletir um pouco: o que é inovação? Para mim, é um valor construído! É impossível falar sobre inovação sem dar liberdade ao ser humano, na minha opinião.
Recentemente li uma entrevista com o gestor do Instituto Weizmann – um dos principais centros globais de inovação, que funciona em Israel. Nessa instituição – considerada referência em saúde – há um claro incentivo para a livre associação de talentos para projetos.
Na prática, uma forma muito distante do modelo de indústrias de tecnologia como a Apple. O iPhone, um clássico de inovação linear, segue metas do negócio; no instituto nada disso faz sentido.
Liberdade de pensamento: o primeiro passo para a inovação estar presente
Israel Bar-Joseph, vice-presidente desse instituto criado há mais de 70 anos, conta que para atrair talentos, captando os cientistas mais brilhantes do mundo, eles não abrem vagas; investem em buscar ativamente os profissionais que consideram imprescindíveis para a equipe. E, quando contratados, não determinam o que essas mentes devem fazer – deixa-os livres para estudar o que quiserem em suas respectivas áreas de atuação. O que eles fazem com essa tal liberdade, como diria a letra do pagode?! Eles inovam!!!!
Um caso recente é de dois cientistas: um dedicado a pesquisas sobre o câncer; outro, especialista em algas oceânicas. Eles formaram uma dupla, trocaram experiências e descobriram a droga Tookad – que poderá eliminar, em alguns casos, a indicação cirúrgica para casos de tumores na próstata. Essa forma de criar um ambiente que favorece a inovação rende ao Instituto Weizmann inúmeras patentes na ordem de US$ 500 milhões.
Claro que transformar os escritórios em ambientes criativos e inovadores é um baita desafio para os brasileiros. É desafiante, também, entender que a inovação nem sempre é um processo linear.
Para inovar é preciso ter a coragem de fracassar; de testar novos modelos; de errar e consertar rapidamente. E isso vale tanto para o trabalho, quanto para a vida.
Lu Magalhães, Presidente da Primavera Editorial.