O absurdo do feminicídio
O poder público ainda se silencia perante a violência de gênero. No governo Bolsonaro, apenas 0,01% dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública, em 2021, foi destinado ao combate à violência contra a mulher. Em paralelo, sete estupros foram registrados por hora neste mesmo ano, sendo que a maioria das vítimas tinha idade inferior a 14 anos. Mulheres morrem por serem mulheres.
Permanece em crescimento a violência contra as mulheres no Brasil. Isso quer dizer que mulheres ainda são assassinadas por serem mulheres. Não que existam justificativas melhores para matar, mas falar em voz alta que uma mulher foi morta por ser mulher é tão grotesco e desumano que duvidamos da capacidade de evolução da raça humana. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontam que em 2021 foram registrados, pelo menos, sete estupros por hora, sendo que a maioria das vítimas tinha menos de 14 anos. Em paralelo, o governo Bolsonaro destinou apenas 0,01% dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública para o combate à violência contra a mulher.
O machismo – que está na raiz desses crimes bárbaros – precisa ser melhor debatido e combatido pela sociedade brasileira. Na minha opinião, esse combate sério passa pela educação nas escolas, pela reeducação de homens agressores e por criar melhores oportunidades para as mulheres, algo que está ligado, também, à igualdade de salários. A nossa Constituição prega que homens e mulheres, na mesma função, devem ser remunerados da mesma forma, entretanto, essa premissa segue sem regulamentação, abrindo espaço para que o mercado nacional de trabalho desrespeite a regra. E, falando de mercado de trabalho, os ambientes corporativos precisam evoluir para acolher especificidades.
As profissionais-mães precisam de apoio para que seus filhos sejam bem-cuidados durante o período em que trabalham. Creches e oportunidades de ascensão profissional são partes importantes desse pacto social em torno da construção de uma sociedade mais igualitária.