O aumento no número de casamentos na Ucrânia
Casais ucranianos aproveitam a redução da burocracia para formalizar união. Em um cenário de guerra e em meio a bombardeios, noivas mandam uma mensagem desafiadora para o mundo.
Reportagem publicada no jornal O Estado de S. Paulo, produzida pela Agence France Presse, aponta que a Ucrânia assiste a um aumento significativo no número de casamentos. Ou seja, em meio à destruição provocada pela guerra – que não dá sinais de término –, casais estão oficializando uniões, aproveitando a redução da burocracia para formalizar enlaces.
Na região de Poltava houve 1.600 casamentos nas seis primeiras semanas após a invasão russa; em Kiev foram 9.120 casamentos registrados nos cinco primeiros meses do ano. Vale ressaltar que, em 2021, o mesmo período registrou 1.110. Entre os entrevistados pela France Presse, o jovem Vitali – hoje, marido de Anastasia – fala que se casar durante a guerra é o passo mais valente e difícil que pode ser tomado, pois não se sabe o que vai acontecer. A reflexão sobre “a guerra continua, portanto, melhor casar-se agora” está na base de muitas dessas decisões.
Diante de um futuro incerto, a opção pelo casamento não é tão rara assim. No auge da Segunda Guerra Mundial, aponta a reportagem, os Estados Unidos registraram 1,8 milhão de casamentos em um único ano (1942) – um aumento de 83% comparado à década anterior.
Para muitos casais ucranianos, o casamento é uma mensagem desafiadora para o mundo, para dizer como eles são fortes. “Estamos prontos para nos casar, mesmo com foguetes da Rússia voando sobre as nossas cabeças”, afirma uma das noivas.
Resistência é a palavra de ordem!