‘Pobreza menstrual’: meninas e mulheres que não têm acesso a absorventes
Sabia que, no Brasil, 26% das meninas com idade entre 15 e 17 anos não têm acesso a absorventes? E isso acontece em várias partes do mundo; a pobreza menstrual ainda afeta muitas meninas e mulheres.
‘Pobreza menstrual’ ou ‘precariedade menstrual ‘é a falta de acesso a produtos de higiene e outros recursos necessários ao período. E a edição de janeiro da revista Marie Claire trouxe uma matéria que aborda a situação de 26% das meninas brasileiras: elas não têm acesso a absorventes.
Em Sangrar com Dignidade, a repórter Giuliana de Toledo conta que embora não existam dados confiáveis sobre a “pobreza menstrual” no país, uma pesquisa conduzida pela marca Sempre Livre indica o tamanho do problema.
Pesquisa Sempre Livre sobre pobreza menstrual
A cada ciclo, as brasileiras gastam em média R$ 7 com a compra de absorventes. Ou seja, o custo é muito alto para as garotas em situação de vulnerabilidade social e econômica. Há iniciativas – como a da PLAN International – que doa absorventes e dissemina informações para meninas em comunidades no Piauí e Maranhão.
No Rio de Janeiro, um projeto de lei foi aprovado para combater o problema da ‘pobreza menstrual’, prevendo que absorventes estejam disponíveis gratuitamente para alunas da rede municipal em máquinas instaladas nos banheiros das escolas.
Incrível como o tema menstruação ainda é um tabu. E, diante desse silêncio, fica difícil agir para resolver o problema. Reportagens como essas são essenciais para levantar o debate sobre a precariedade menstrual e apontar soluções.
De acordo com a Organização das Nações Unidas – ONU Mulheres –, 12% da população feminina do planeta vive esse drama mensal, sobretudo as em situação de rua e presidiárias.
Essa é uma questão de saúde pública, porque além de todos os outros problemas que vêm com essa ‘pobreza menstrual’, o uso de soluções pouco seguras ainda traz consequências que aparecem em forma de infecções. Vamos falar mais sobre isso?
Vale a leitura deste artigo, que fala um pouco sobre essa triste realidade no mundo e como podemos combater: Nexo Jornal.
Lu Magalhães, presidente da Primavera Editorial