
Por que as mulheres são mais prejudicadas nas demissões?
De acordo com levantamento da Layoffs FYI, cerca de 45% dos que perderam os empregos na recente onda de demissões das big techs são mulheres, mesmo que nos últimos anos o setor tenha investido bilhões em campanhas que propagam a luta contra a desigualdade social.
Uma reportagem publicada pela Fast Company aponta que as demissões nas grandes empresas de tecnologia estão afetando mais mulheres e pessoas negras. Na prática, à medida que o setor encolhe, os dados analisados sugerem que o desligamento não afeta igualmente todos os trabalhadores.
De acordo com levantamento da Layoffs FYI, cerca de 45% dos que perderam os empregos na recente onda de demissões das big techs são mulheres. Vale lembrar que as profissionais representam menos de um terço dos trabalhadores da indústria de tecnologia e ocupam menos de um quarto das funções técnicas e de liderança. A leitura que podemos fazer do cenário futuro é que, embora o setor tenha investido bilhões na promoção da diversidade e da equidade – como parte de um plano de enfrentar as desigualdades sociais – na hora de demitir, as pessoas que compõem esses grupos (mulheres e pessoas negras) são os primeiros a serem desproporcionalmente descartados.
Acredito ser importante chamar a atenção para o fato de haver uma total desconexão entre o investimento feito em discursos (e práticas pró-diversidade, equidade e inclusão) e a prática. E essa relevância está muito além do que podemos pensar rapidamente. Enxergo, inclusive, um impacto na produção de tecnologia para todos.
A participação feminina e de grupos minorizados e sub-representados nos oferece a oportunidade de produzirmos tecnologias mais diversas e inclusivas.