Prêmio Jabuti: inovação no mercado editorial
Há mais de seis décadas o Prêmio Jabuti tem celebrado a indústria do livro no Brasil e liderado um movimento de fomento à leitura e à produção literária. Ao reconhecer autores e obras, a Câmara Brasileira do Livro – que conduz a premiação – presta um importante serviço à cultura nacional.
Para se ter uma ideia da importância, a edição do Prêmio Jabuti 2019 contou com 2.103 inscrições, superando a marca do ano passado e deixando para trás o debate em torno da redução das categorias de 29 para 19. Na 61ª edição, os concorrentes foram agrupados em quatro eixos: Literatura, Ensaios, Livro e Inovação. Leia como foi a noite da premiação: Publish News.
Novos tempos para o mercado editorial
Polêmicas à parte, como manter o Prêmio Jabuti inovador e relevante aos 61 anos? Na minha opinião, esse desafio passa pela capacidade de falar diretamente com o leitor. Sim. O que parece estranho – premiar autores, mirando os leitores – é profundamente coerente. Saber acessar esse novo leitor, que tem características muito peculiares, é incluir autores que estão construindo uma nova linguagem para novos meios. Estou falando de ultrapassar os limites do mercado editorial convencional.
Inovação no Prêmio Jabuti
A criação de uma categoria de fomento à leitura, por exemplo, ilustra muito bem essa proposta de oxigenar. É inegável que os curadores estão conectados com essa mentalidade de mudança. Por isso, para os próximos anos do Prêmio Jabuti, espero ver a criação de novas categorias que privilegiem, por exemplo, obras e autores publicados apenas no meio digital.
O mercado livreiro brasileiro, a despeito de tantas crises, está maduro o suficiente para abraçar inovações. Afinal, é de novidade que a cultura se alimenta.
Para saber mais sobre a edição 2019 e conhecer os vencedores, convido os leitores a acessar o site https://www.premiojabuti.com.br
Lu Magalhães, presidente da Primavera Editorial