Diversidade, inclusão e equidade avançam nas empresas brasileiras
A notícia é boa, mas não é excelente. Embora haja um avanço significativo, ainda existe um longo caminho a ser percorrido em prol da diversidade, inclusão e equidade.
Um deles, a diversidade etária, por exemplo, é um desafio: somente 3% das 150 Melhores Empresas para Trabalhar em 2021 têm profissionais com 55 anos ou mais.
Relatório sobre gestão de pessoas aborda os desafios da diversidade etária
No relatório Tendências em gestão de pessoas 2022, o Great Place to Work@ dedica um capítulo à Diversidade, Inclusão e Equidade, apontando que essas temáticas vieram para ficar; e são associadas a pautas estratégicas para as organizações.
Entretanto, entre as 2.654 entrevistas realizadas, somente 12,1% responderam que a empresa tem alta maturidade para lidar com esses temas.
A conclusão dos pesquisadores do GPTW é que, embora seja relevante – não apenas o viés social como pelos impactos financeiros nos negócios –, ainda há muito por evoluir em direção a uma verdadeira e múltipla equidade não apenas de gênero, como também racial, geracional, inclusiva de profissionais LGBTQIA+ e grupos minorizados.
De qualquer forma, há exemplos a seguir: entre as Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil, 93% delas têm profissionais dedicados a combater a discriminação e promover a diversidade.
Embora seja notório o avanço, existe um longo caminho a ser percorrido pelas empresas brasileiras.
Destaques do Relatório: diversidade etária e equidade
Destaco a questão da equidade e diversidade etária. Somente 3% das 150 Melhores Empresas para Trabalhar em 2021 têm, nos postos de trabalho, profissionais com 55 anos ou mais.
Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) – citado no levantamento do GPTW – aponta que a população brasileira envelhecerá de forma acelerada nos próximos anos, chegando a uma porcentagem de 40,3% em 90 anos.
Portanto, para a conta fechar, esse olhar etário dentro dos ambientes corporativos tem que mudar.
Outro ponto que gostaria de ressaltar da pesquisa, que contém inúmeros desdobramentos e análises, é o capítulo dedicado à saúde mental. O levantamento do GPTW cita pesquisa da International Stress Management Association (ISMA-BR) que aponta que 32% dos mais de 100 milhões de pessoas trabalhadoras no Brasil sofrem com Síndrome de Burnout (Síndrome do Esgotamento Profissional).
Na prática, se antes da pandemia as empresas já deveriam estar atentas à saúde emocional de seus profissionais, hoje isso é um imperativo. A doença, em 2022, passou inclusive a ser considerada uma questão ocupacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
As empresas, portanto, são responsáveis por atuar na prevenção, identificação e no tratamento da doença.
Para saber mais sobre o relatório, recomendo acessar o site do GPTW e fazer o download das tendências de 2022: https://gptw.com.br/.
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