Como a masculinidade tóxica atrapalha nossa saúde?
Pensando no Dia Nacional de Combate ao Câncer (27/11) e no Novembro Azul, gostaria de propor que nós, mulheres, liderássemos uma conversa franca com namorados, amigos, colegas de trabalho, maridos, filhos sobre esse tema tão importante que é a saúde preventiva e sobre o quanto a masculinidade tóxica traz danos a esse autocuidado.
Os homens estão atrás das mulheres nos cuidados com a saúde. De acordo com a pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia, a busca masculina por atendimento preventivo a diversas doenças relacionadas, ainda está aquém do necessário.
Diante disso, a importância da realização da campanha Novembro Azul, um mês dedicado a orientar e conscientizar a população masculina sobre o combate ao câncer de próstata e o quão essencial é manter hábitos saudáveis.
Por isso, conversar sobre essas questões sociais é extremamente importante para a construção da sociedade que queremos e merecemos!
Homens e a negligência com a saúde: masculinidade tóxica e ‘frágil’?
De acordo com um levantamento do Programa Nacional de Saúde (PNS), a proporção de mulheres que buscaram atendimento médico é de 82,3%, ou seja, bem alta.
Especialistas ouvidos no estudo explicam que a negligência masculina tem por base fatores culturais que levam à masculinidade tóxica.
A ideia de fragilidade e da possibilidade de adoecer – na perspectiva masculina mais antiga – denota sinais de fraqueza.
O ambiente de trabalho também não ajuda, de acordo com a análise. Os homens têm mais dificuldade de justificar a ausência, justamente porque não encontram um espaço para mostrar esse autocuidado com a saúde.
No Brasil: dados alarmantes para os homens
Um diagnóstico de câncer de próstata é feito a cada sete minutos; a cada 40 minutos, um homem morre vitimado pela doença. Assustador, não é?!
Não à toa, no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Quando pensamos nas inúmeras oportunidades de informação, de prevenção e de tratamento é impossível não ficarmos chocadas com esses dados. E há muito mais!
As taxas de doenças cardíacas, diabetes, suicídios e mortes violentas – acidentes de trânsito, por exemplo – são maiores entre a população masculina. O abuso de álcool e drogas também é um fator de risco.
No fim do dia, a masculinidade tóxica mata homens e mulheres! Mata seres humanos!!!
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