Resolução de problemas: o jeito feminino de resolver problemas
Acredito que as mulheres têm um talento nato para resolver problemas; e, no debate sobre a educação que prepara jovens e crianças para as demandas do século XXI, tenho ouvido que um dos pontos centrais é justamente essa arte de educar.
Na prática, a aprendizagem se torna mais significativa quando propicia ao estudante a possibilidade de construir o próprio conhecimento a partir da reflexão e prática. E, educadores apontam que não se trata apenas de buscar a solução, mas fazer com que o aluno entenda a finalidade, utilidade e complexidade da situação em questão. Viu só como a resolução de problemas pode ser uma arte?
A arte de resolver problemas
Por exemplo, para resolver problemas, o indivíduo deve identificar diferentes aspectos da situação em questão; deve ser um constante pesquisador e pensar sobre habilidades que tem que desenvolver para tal tarefa.
Parece familiar para você? Acredito que esse é um talento nato feminino: enxergar um problema e criar soluções com o máximo envolvimento possível.
Um ótimo exemplo é a empresária Agda Oliver, proprietária da oficina Meu Mecânico. Ela é uma das 10 finalistas do Prêmio Empretec para Mulheres Empresárias – premiação organizada pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAS), que reconhece o potencial feminino para transformar suas comunidades; e para resolver problemas.
A metodologia do prêmio foi desenvolvida pela Organização das Nações Unidas (ONU) e é executada, no Brasil, pela Sebrae.
Agda transformou um problema em solução para muitas mulheres. Tudo começou ao levar o carro a uma oficina mecânica e perceber que foi enganada. Incomodada e com a reflexão que muitas mulheres passavam pelo mesmo problema, começou a estudar mecânica e planejou a criação de um negócio.
Hoje, a oficina de Agda atende, mensalmente, 300 clientes – sendo que 70% da clientela é formada por mulheres. Em dezembro, a premiação será realizada em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. Estamos na torcida para que ela seja a primeira brasileira a vencer esse prêmio da ONU.
Lu Magalhães, presidente da Primavera Editorial