O desafio da paridade feminina no mercado de trabalho
(FOTO: LUCAS CARVALHO / TRANSMISSÃO / DIVULGAÇÃO FACEBOOK TRANS MISSÃO)
Um levantamento do Fórum Econômico Mundial aponta que serão necessários 217 anos para que as mulheres do mundo conquistem a paridade no mercado de trabalho, salário e cargos de liderança. A Google anunciou, recentemente, mudança na política contra assédio sexual, após manifestações de funcionários que reclamavam da postura da empresa diante de casos de má conduta. Além de reformular canais de denúncia, a empresa promete ser mais transparente na apuração de denúncias.
Essas duas notícias – que parecem distintas – ilustram duas faces da luta feminina em busca da igualdade de oportunidades e tratamento nos ambientes corporativos de todo o mundo. A disparidade no mercado de trabalho não é um fenômeno isolado de determinados países; antes, trata-se de um desafio global. E, por falar em desafio, ele aumenta muito no caso de mulheres transexuais. Por falta de oportunidade de emprego, muitas dessas cidadãs encontram na prostituição o único meio de subsistência.
Mas, há boas notícias. Há um ano, Rubi Delafuente criou o projeto Trans Missão, uma ação afirmativa que tem o objetivo de capacitar pessoas trans e inseri-las no mercado de trabalho. A iniciativa – que já beneficiou mais de 50 brasileiros – tem como parceiros a Casa Natura Musical, Uber e Vodka Skyy, que contratam serviços de recepção de eventos, serviços em bares itinerantes, limpeza, entre outros.
Um outro caminho que tem sido abraçado por mulheres em busca da independência financeira e realização pessoal é o empreendedorismo. De acordo com pesquisa conduzida pela Rede Mulher Empreendedora, a cada 100 negócios abertos no Brasil, 52 têm uma mulher na liderança. A empreendedora brasileira não desiste dos sonhos e acredita no futuro – 86% afirmam que 2019 será um ano melhor para elas.
Com todos os desafios e dificuldades, as mulheres mostram que desistir não é uma opção.
Lu Magalhães
Presidente da Primavera Editorial