As mulheres-maravilhas das ciências, matemática, física, espionagem, astronomia…
#antesdohappyhour por Lu Magalhães – Na estante
Em pleno século XXI, a obra Wonder Women consegue surpreender ao destacar 25 histórias de mulheres inovadoras, inventoras e pioneiras. Ilustrado por Sophia Foster-Dimino e escrito por Sam Maggs, o livro tem a nobre missão de tocar em um tema extremamente atual: a importância da representatividade. Acha bobagem? Peça a uma menina para citar o nome de uma pessoa que contribuiu muito com a ciência. Albert Einstein, Isaac Newton e Charles Darwin serão os nomes provavelmente citados.
Uma lástima! Dificilmente essa garotinha vai citar Rosalind Franklin, que desempenhou um papel crucial na descoberta do DNA. Ou Marie Curie, a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel – aliás, dois! A lista é enorme e permeia toda a história da humanidade. Então, por que sabemos tão pouco sobre essas mulheres maravilhosas? Alguns fatos podem ilustrar essa resposta. De mais de cinco milhões de patentes registradas nos Estados Unidos, concedidas desde 1790, em apenas 5% dos documentos constam o nome de uma mulher. No passado, muitos homens levavam o crédito por invenções das mulheres; inventoras negras, por exemplo, temiam que os consumidores brancos não fossem comprar os seus itens e, por isso, pediam ajuda de homens para registrar a invenção.
Para sair da condição de ser invisível, as mulheres precisam disseminar histórias inspiradoras dessas mulheres-maravilha da vida real. No prefácio, Sam afirma: “…nós, moças, precisamos de inspiração de verdade para a próxima vez que estivermos duvidando da nossa capacidade de inventar alguma coisa; da próxima vez que estivermos com medo de aprender a codificar; da próxima vez que sentirmos como se simplesmente não tivéssemos um lugar no mundo”.
Puxo esse assunto da representatividade em uma semana que é comemorada o Dia Nacional da Mulher. Embora tenha sido ofuscada pelo Dia Internacional, a data – celebrada em 30 de abril desde 1980 – é uma homenagem a uma enfermeira brasileira que liderou o movimento feminista no Brasil. Fundadora do Movimento Bandeirante, que tinha como objetivo promover a inserção da mulher em todas as áreas da sociedade, Jerônima Mesquita foi uma voz importante na criação do Conselho Nacional das Mulheres e na luta em prol do voto feminino.
Pensando na liderança dessa brasileira, lanço um desafio às leitoras da Primavera Editorial: conheçam a trajetória de Jerônima Mesquita; contem a história dessa mulher para as suas amigas; peçam a elas que passem adiante. Assim, de forma bem simples, vamos construir a representatividade.
– Lu Magalhães, presidente da Primavera Editorial