Novas formas de ler o mundo
#antesdohappyhour por Lu Magalhães – As novas tecnologias e formas de ler o mundo!
Quando se pensa nas maiores empresas de tecnologia da atualidade – Google, por exemplo –; nas montadoras tradicionais como Mercedes; e em empresas disruptivas como o Uber é interessante notar que todas estão investindo, de uma forma ou de outra, no carro sem motorista. Nos próximos dois anos, alguns desses players colocarão nas ruas modelos para testes; em especial, em serviços de compartilhamento. Mas, os tais carros autônomos são motivo de muita polêmica pelo envolvimento em acidentes fatais – nos Estados Unidos, em 2016, com o carro da Tesla – e atropelamento de uma mulher por um veículo da Uber, em março de 2018.
No South by Southwest (SXSW) – festival de música, tecnologia e interatividade – executivos do Uber comentaram sobre a preocupação da empresa em avaliar os impactos sociais que a tecnologia vai trazer. A principal questão é como as pessoas vão lidar sem serem “atropeladas” pela inovação. O celular, os cartões de crédito e os caixas eletrônicos (ATM) foram usados como exemplo dessa revolução que mudou o comportamento e hábitos de consumo de todo o planeta.
Ainda na edição 2018 do festival – realizado em Austin, nos Estados Unidos – um executivo da Mercedes defendeu que o carro autônomo trará comodidade e diversão já que o tempo que seria usado para dirigir poderá ser aproveitado para a leitura, o convívio com a família ou para assistir a filmes. A segurança é um outro atributo destacado pelo executivo à medida que a tecnologia atingir o nível de excelência.
Pensando nas mudanças comportamentais trazidas pela tecnologia é impossível, no meu caso, não pensar na nossa relação com os livros. Os dispositivos de leitura para obras digitais, os tablets e smartphones, ampliaram horizontes seja pelo custo – ficou mais barato ler um livro –, seja pela comodidade de ter sempre um exemplar por perto.
Mas, cabe lembrar, que inovação no mercado editorial não chega a ser uma novidade. A trajetória do livro sempre foi marcada pela evolução gráfica desde Gutenberg; avanço, inclusive, que permitiu o acesso de mais pessoas ao livro. Diante dessa perspectiva histórica, a convivência dos livros com novas tecnologias sempre apresentou uma aventura extraordinária – na ferramenta de leitura e no modelo de negócio.
É claro que há um livro certo para o momento certo. E uma forma de ler perfeita para cada tipo de leitor. Há momentos de adorar a praticidade de um digital; há outros de tocar, marcar e cheirar um livro impresso. Há, ainda, o audiobook que é um sucesso nos Estados Unidos e tem conquistado o leitor brasileiro. Em um país que se perde muito tempo no trânsito, o audiobook é uma excelente forma de manter a leitura em dia e não se estressar.
Na Primavera Editorial defendemos que o leitor – de qualquer geração ou vertente – sempre deve ser respeitado e atendido no seu desejo. Temos um lindo catálogo de livros impressos e temos um outro, tão incrível quanto, de livros digitais. Estamos nos atrevendo, também, a publicar livros somente na versão digital. Esse é o caso de Paris é sempre uma boa ideia, de Nicolas Barreau. Que venha o futuro! Estamos prontos e ansiosos por ele.
– Lu Magalhães, presidente da Primavera Editorial