Retirada de silicone: por que as mulheres estão fazendo explante?
De tempos em tempos, vemos movimentos contrários à maré! Esse é o caso de uma tendência que ganhou as páginas de várias publicações, como a Revista Veja: a retirada de silicone, chamada de explante.
De acordo com as reportagens recentes, sintomas de uma doença autoimune têm feito com que mulheres procurem os consultórios para retirar as próteses de mamas e se livrarem de problemas como queda de cabelo, insônia, cansaço e dores, entre outros.
Embora não haja um estudo conclusivo sobre a relação, há relatos de melhora com a retirada de silicone. Hoje, apesar do implante continuar com alta procura, está em ascensão a busca para a sua reversão pelas pacientes que já fizeram o procedimento.
A retirada de silicone e a liberdade de escolha
A retirada do silicone me fez pensar sobre a liberdade de escolha e, mais ainda, a liberdade feminina de mudar de ideia. O fato de uma mulher ter decidido, em determinado período da vida, colocar um implante não significa que ela tenha que permanecer com ele pelo resto dos seus dias. E isso vale para tudo!
Da mesma forma como as técnicas de implante foram se aprimorando, as maneiras de retirar – e lidar com o espaço vazio – também estão em outro patamar de avanço.
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Mais sobre saúde da mulher: Outubro Rosa
E, aqui, isso me leva à outra reflexão muito associada ao Outubro Rosa: o quanto os tratamentos evoluem.
Li uma matéria incrível sobre a física Maria Elisa Rostelato, no UOL, uma das finalistas do Prêmio Inspiradoras de 2021 por desenvolver um dispositivo que otimiza as cirurgias de câncer de mama.
A técnica – que está sendo utilizada no tratamento de cânceres de próstata e de olhos – é baseada em sementes de iodo-125, implantes cilíndricos de 4,5 milímetros de comprimento por 0,8 milímetros de diâmetro que, ao serem inseridos no local que está sendo tratado, liberam material radioativo.
No caso de câncer de mama, as sementes têm função diferente e são usadas em tumores muito pequenos. Essa foi uma sugestão do físico Cristiano Duarte e do mastologista Sérgio Mendes, que propuseram à Maria Elisa a adaptação da tecnologia para o tratamento do câncer de mama.
Incrível, né? Um grande viva aos avanços – de costumes e da ciência!