O deserto digital nas escolas públicas
Pensar em emancipação feminina é lutar por uma estratégia educacional sólida para melhorar a escolaridade das meninas e adolescentes que vivem no Brasil. E, nesta seara, temos que discutir o letramento digital e em futuros, que esbarra no deserto digital no qual a escola pública nacional está mergulhada.
No Brasil, há 28 mil escolas públicas – 20% do total de estabelecimentos no país – que estão fora das zonas de cobertura de banda larga fixa, sendo que 5.435 estabelecimentos de ensino não têm acesso à rede elétrica ou têm energia via gerador. Na prática, integram o chamado deserto digital, caracterizado pela falta total de conexão.
Educação no Brasil: o deserto digital das escolas públicas
A internet de qualidade na sala de aula, embora seja um trunfo para melhorar o processo de aprendizado, está distante da realidade da maioria das unidades públicas – das 140 mil escolas públicas, do ensino fundamental ao médio, poucas têm acesso para professores e alunos.
Um estudo produzido pela MegaEdu e BCG – com apoio do Unicef e da Fundação Lemann – aponta que 54 mil escolas públicas, ou seja, 40% do total, estão conectadas.
Entretanto, uma conexão feita por cabos metálicos, usados pela telefonia fixa e que não permitem a velocidade adequada. Para além desse número, há 28 mil escolas (20% do total) que estão fora das zonas de cobertura de banda larga fixa, sendo que 5.435 estabelecimentos de ensino não têm acesso à rede elétrica ou têm energia via gerador.
Ou seja, integram o chamado deserto digital, caracterizado pela falta total de conexão.
Como preparar as nossas meninas e adolescentes para o futuro do trabalho e para uma vida futura com autonomia sem tecnologia educacional adequada?
A grande questão é que medidas podem ser tomadas para acabar com o deserto digital das escolas públicas. Esses estabelecimentos poderiam ter conexão via satélite ou de tecnologia alternativa à fibra.
A falta da inclusão digital compromete, ainda, o acesso a vários direitos; à cidadania. Temos que, com urgência, pautar conversas e estratégias que enderecem soluções para esse enorme problema que compromete o futuro de gerações e gerações de mulheres.
Leia mais
- Na contramão mundial: Vamos falar de política e educação no Brasil?
- Mulheres e meninas na Ciência
- Letra “M”, de mãe: o desafio das mulheres sem educação formal