Dia Internacional da Igualdade da Mulher: sobre representatividade feminina
Temos muito para falar nesse Dia Internacional da Igualdade da Mulher e o quanto é necessário encontrarmos representatividade em todas as esferas da sociedade.
Alguns dados sobre essa falta de representatividade feminina para você entender um pouco:
- O direito ao voto foi estendido às mulheres brasileiras em 1934; somente em 1946 veio a obrigatoriedade.
- Em 1997, a lei eleitoral aprovou a cota de 30% das candidaturas para mulheres;
- mas só em 2015 o feminicídio foi incluído como qualificador de crime de homicídio no Código Civil brasileiro.
O que todas essas datas têm em comum? Elas mostram o quão recente são as conquistas femininas no Brasil associadas à representatividade; à visibilidade social, concorda?
Representatividade feminina na política
Uma pesquisa conduzida pelo Instituto Update na América Latina investigou o que move as mulheres eleitas nos dias de hoje. Antes de entrar na temática propriamente dita, vale ressaltar que o levantamento mostrou que o Brasil está atrás de outros países da região em representação feminina na política. Hoje, a Câmara dos Deputados tem somente 15% das cadeiras ocupadas por elas.
Sobre os temas que as motivam, o estudo mostra que há um foco grande na resolução de problemas, ou seja, um pragmatismo que as leva, inclusive, a se associar à oposição para o enfrentamento de problemas comuns às mulheres – isso ocorre tanto com as políticas progressistas, quanto com as conservadoras.
Acho interessante esse ponto, porque esse pragmatismo leva à aprovação de leis que criminalizam a violência contra a mulher, democratizam o acesso à saúde pública feminina, só para citar dois exemplos. Sobre o Dia Internacional da Igualdade Feminina, acredito ser importante lembrar que a data representa um marco histórico nas lutas pelo sufrágio feminino, pelos direitos civis, por representatividade política e pela igualdade. Ainda temos muitas lutas pela frente!
Lu Magalhães, presidente da Primavera Editorial